Com o crescimento da popularidade dos veículos híbridos e elétricos, muitos condutores passaram a se deparar pela primeira vez com o conceito de frenagem regenerativa. Você sabe o que ele significa?
Assim como a própria substituição dos motores a combustão, a adoção desse sistema faz parte da resposta do mercado à preocupação crescente da sociedade com o meio ambiente e a sustentabilidade.
Sua finalidade é aumentar o aproveitamento e o desempenho energético dos veículos, ao mesmo tempo em que proporciona mais eficiência e autonomia aos condutores durante a direção.
Mas, no que consiste essa tecnologia e como ela funciona? Quais os benefícios da frenagem regenerativa? Ela possui desvantagens? Seu uso é restrito aos elétricos e híbridos? Explore todos os detalhes a seguir!
O que é frenagem regenerativa?
A frenagem regenerativa é aquilo que seu próprio nome sugere: um sistema que serve para regenerar a energia cinética que seria desperdiçada quando o veículo freia ou desacelera.
Também conhecida pela sigla KERS (Kinetic Energy Recovery System), essa tecnologia é comum em carros elétricos e híbridos, onde a energia recuperada é armazenada na bateria para uso posterior.
Graças a isso, a frenagem regenerativa contribui significativamente para o aumento da autonomia e do aproveitamento energético desse tipo de automóvel.
Como funciona?
Os carros utilizam a força cinética para seu deslocamento, também conhecida como energia do movimento. Normalmente, quando o veículo freia, essa energia é dissipada e convertida em calor pelo sistema de frenagem.
Nos freios comuns, o atrito que interrompe o movimento faz com que a energia cinética se transforme em térmica. Já no caso da frenagem regenerativa, há um sistema inteligente capaz de aproveitar essa energia que seria gasta e de convertê-la em eletricidade, podendo ser guardada e utilizada de novo.
Esse sistema funciona por meio do próprio motor elétrico do automóvel, que atua como um gerador quando o motorista freia ou desacelera, gerando uma força contrária ao movimento do carro, conhecida como torque regenerativo.
Esse torque funciona como uma força de frenagem, reduzindo a velocidade e convertendo a energia cinética em elétrica, que é armazenada na bateria do veículo.
Quais as vantagens desse sistema?
A frenagem regenerativa aumenta a autonomia dos carros híbridos e elétricos, permitindo que os veículos percorram distâncias maiores com a mesma carga.
A eficiência energética do automóvel melhora significativamente, recuperando até 30% da energia consumida durante a direção. Com isso, a vida útil da bateria se prolonga, reduzindo a necessidade de substituições e manutenções, além de diminuir o impacto ambiental.
Da mesma forma, ao reutilizar uma energia que seria perdida, a frenagem regenerativa torna o uso dos veículos mais sustentável, contribuindo para uma mobilidade responsável.
Existem desvantagens?
Apesar dos benefícios importantes que a frenagem regenerativa agrega aos veículos elétricos e híbridos, você também deve ater-se às eventuais desvantagens.
Os automóveis com esse sistema têm um custo inicial mais elevado e necessitam de manutenção especializada. Isso cria uma barreira financeira que afasta alguns consumidores.
Outro ponto é que a frenagem regenerativa não funciona da forma considerada ideal em todas as situações. Em terrenos acidentados, clima adverso, descidas íngremes ou desacelerações rápidas, o sistema não recupera a energia cinética de maneira eficaz.
Nessas condições, a autonomia do carro pode ser comprometida e algumas peças do sistema de frenagem podem sofrer desgaste quando o veículo é muito exigido ou pesado.
Portanto, vale a pena ficar atento aos gastos envolvidos, aos padrões de manutenção e às próprias condições de uso que você submeterá o automóvel antes de investir em um modelo com frenagem regenerativa.
A frenagem regenerativa pode ser usada em carros a combustão?
Por mais que seja comum nos carros híbridos e elétricos, muitos motoristas se perguntam se é possível implementar a frenagem regenerativa em veículos a combustão.
Ao contrário do que parece, existe, sim, essa possibilidade. Entretanto, há algumas limitações a serem consideradas.
Em primeiro lugar, a função do sistema nos automóveis a combustão é recarregar a bateria ou simplesmente alimentar alguns sistemas elétricos auxiliares.
Isso significa que, nesses casos, a frenagem regenerativa não impacta diretamente a autonomia do carro e nem sua economia de combustível. A eficácia costuma ser menor em comparação com os elétricos, pois há uma capacidade menor de recuperação energética.
Por ser um sistema adicional ao já instalado nos carros convencionais, também é necessário ter cuidado quanto ao investimento extra e a manutenção, o que muitas vezes não garante um bom custo-benefício.
Dessa maneira, podemos dizer que a tecnologia é extremamente vantajosa e faz toda a diferença nos elétricos e híbridos, mas sua instalação nos modelos a combustão costuma não valer a pena na maioria dos casos.
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