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O cinto de segurança do carro precisa de manutenção?

Você sabia que o cinto de segurança do carro também precisa de manutenção? Tão importante para a proteção de todos no trânsito, o cinto de segurança do carro merece alguns cuidados e sua atenção!

Desde o final da década de 1990 o uso do cinto de segurança do carro é obrigatório, tanto para condutor quanto passageiros, em todas as vias do território nacional. Foi a partir da publicação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e muitas campanhas de conscientização que o cinto de segurança do carro deixou de ser um acessório opcional para se tornar item de uso obrigatório.

Como todos os equipamentos automotivos, o cinto de segurança do carro precisa estar sempre em pleno funcionamento para garantia de sua eficiência. E aqui não estamos falando só do veículo rodando, mas da sua segurança e de seus passageiros, afinal o cinto de segurança do carro salva vidas.

O cinto reduz em 70% os riscos de lesões e em 40% os riscos de mortes dos ocupantes de um veículo. E, em caso de colisão, o ocupante que não utiliza o dispositivo de segurança é projetado para frente com peso 15 vezes maior.

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O que é e como funciona o cinto de segurança do carro

O cinto de segurança é um dispositivo criado para proteger motoristas e passageiros de possíveis impactos violentos no interior do carro — ou mesmo o arremesso de pessoas para fora do veículo — em caso de colisões, contribuindo para reduzir os riscos de ferimentos na cabeça, no rosto, no pescoço e na coluna.

Para funcionar corretamente, o cinto de segurança do carro precisa dissipar a força enorme que o seu corpo recebe por conta do impacto de uma batida. Isso acontece por conta da faixa de material flexível que passa pelo tórax e cintura e que está fixada em locais bastante resistentes no automóvel.

Contudo, enquanto equipamento, o cinto de segurança do carro é mais do que isso. Para cumprir sua função, o cinto possui também um mecanismo interno, localizado na coluna B do carro, que é determinante para aumentar a sua eficácia. Esse sistema é composto por uma bobina e uma mola, que faz o excesso de cinto se enrolar como um carretel, mantendo a faixa de tecido bem justa ao corpo da pessoa.

Ainda, essa bobina possui dentes semelhantes a uma engrenagem, além de uma espécie de pêndulo. Caso o carro desacelere bruscamente ou o cinto seja puxado com força, a inércia faz esse pêndulo se encaixar nos dentes da bobina, travando o seu movimento. Assim, o corpo da pessoa se mantém firme ao banco, na posição mais segura.

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Como identificar quando o cinto de segurança do carro precisa de manutenção

Da mesma forma que você percebe que há algo de errado com seu carro por conta de pequenos sinais como barulhos diferentes, resistência ou fraqueza nos materiais, o cinto de segurança do carro também dá pistas de que está com algum problema.

Um sinal de que há algo de errado com o cinto de segurança do carro é quando ele começa a apresentar dificuldade para afivelá-lo. Isso pode acontecer caso a fivela tenha ficado torta, não conseguindo mais se acoplar ao fecho. 

Normalmente, isso ocorre quando o passageiro ou motorista, ao sair do veículo, fecha a porta e o cinto não recolheu totalmente, ficando parcialmente para fora. Nessa hora você deve providenciar a manutenção imediata do equipamento, para não acontecer a quebra definitiva, impedindo a colocação completa do dispositivo.

Caso o fecho fique solto demais, ou apertado e difícil de tirar, também é um sinal de desajuste, o que aumenta a necessidade de uma manutenção constante para evitar este tipo de problema. No caso de cintos retráteis, uma boa dica é puxar a parte diagonal com rapidez para ver se o cinto está travando ou se o sistema de recolhimento está adequado.

Fique atento aos trincos nas partes plásticas dos fechos e das próprias fivelas, e substitua se necessário. Veja também se o regulador de altura do cinto, posicionado na coluna “B” do carro, está funcionando perfeitamente, pois sua função é essencial para que a cinta transversal não fique posicionada sobre o pescoço.

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Outro alerta de problema é quando a cinta começa a desfiar. Neste caso deve ser realizada a troca da peça, pois dependendo da intensidade de uma batida, ela pode se romper e o ocupante sofrer ferimentos graves ou mesmo fatais.

Os cintos dos passageiros também merecem atenção. Não se esqueça que usar o acessório no banco de trás é obrigatório ao transportar crianças, e também deve ser seguido pelos adultos como forma de proteção. Portanto, sua manutenção deve ser periódica.

Além disso, quando o veículo sofre uma colisão, o cinto recebe uma carga de esforço, que resulta na perda de até 40% da sua capacidade de retração e proteção. Com o impacto, as peças sofrem grande desgaste, e podem não resistir a um novo acidente. 

Assim, é fortemente indicado providenciar a troca do cinto em estabelecimentos confiáveis e informe-se se o novo equipamento é compatível com as especificações do seu veículo e se possui certificado de qualidade.

Eventualmente, se seu veículo sofreu uma inundação por conta de enchentes, a recomendação é que todos os componentes também sejam trocados. Aparentemente as peças podem até estar em perfeitas condições, mas pelo fato de terem sido muito expostas à água a durabilidade acaba sendo afetada.

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A vida útil do cinto de segurança depende das condições a que o carro é exposto, e também do uso correto do item. Trocar o cinto de segurança do carro é uma atitude de direção preventiva e o custo é bem acessível. Após a troca do equipamento, garanta que sejam realizados alguns testes para verificar se o modelo é compatível com as especificações do carro: aceleração, sensibilidade e bloqueio angular são os mais indicados. E não esqueça de usar sempre o cinto de segurança. Até a próxima!

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